São sírios e egípcios, parecem distantes de nós pela geografia, pelas nacionalidades e até por seus credos religiosos. Por vezes, uma ou outra curiosidade _ o fato de que dois presidentes brasileiros receberam tratamento médico num hospital paulista chamado Sírio-Libanês ou a circunstância de que um ex-presidente egípcio visitou o Palácio do Planalto apenas dois meses antes de ser deposto _ servem para lembrar que, além da distância, existem também afinidades. O maior ponto de contato é que, tanto quanto o brasileiro, esses povos são parte da comunidade humana. Suas vidas são iguais às nossas na duração, nos sentimentos e na humanidade. É por isso que o Ocidente, especialmente os países e as organizações líderes do sistema de governança global, não podem mais silenciar diante da barbárie que ocorre naqueles países da Ásia e da África, mergulhados em sangrentas lutas políticas pelo poder.
Os horrores do século passado deixaram uma amarga lição: a de que qualquer sistema de nações baseado exclusivamente no maquiavelismo, na brutalidade e no domínio dos fracos pelos fortes está fadado a perecer. A noção simples de direitos humanos, que nos foi legada pelo Iluminismo, mas que somente há pouco mais de 60 anos tornou-se inseparável das relações entre países, deve ser mantida a salvo de quaisquer turbulências, ainda que de natureza doméstica.
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